segunda-feira, 14 de junho de 2010

postagem de eduardo

Dúvida em vários momentos. Foi esse o resultado gerado pela troca da minha inscrição na disciplina de CTE (Critica Teatral Ensaistica) pela disciplina de ATAT (Analise de Temas e Autores Teatrais), em uma expectativa de analalisar algum autor pós dramático. Minha espera nessa troca era realizar um outro curso com uma professora que tinha passado um conteúdo de forma bem interessante.  Só que pra minha surpresa a nova matéria seria sobre perfomancer. Logo de cara optamos por não definir o que seria uma  perfomancer. O Curso trataria de “apenas” de  propor uma vivência/descobrimento/realização dentro deste território múltiplo e que teríamos que apresentar de certa forma uma “reedição” de uma perfomancer distante temporalmente da gente. Neste processo acabaríamos por descobrir uma série de questões a respeito de recepção, resignificação  entre outras coisas.
A escolha de qual perfomancer eu gostaria de realizar foi difícil e cheia de dúvidas. Meu parâmetro de escolha foi a concepções eu buscava alguma prática de contato de forma a provocar alguma cosia nas questões de interações sócias, buscando novas formas de diálogos e apropriações para com o campo do domínio público.Dentro disso foi uma processo estafante, não conseguia achar uma que eu gostasse ao ponto de querer me “Apropriar” e dialogar com ela.  Resolvi escolher uma perfomancer sobre a discussão do que seria arte ou não de acordo com a subjetividade dos indivíduos. Para minha infelicidade e futura felicidade houve um certo “veto branco”, já que a original dela era muito recente. Isso me colocou novamente na dinâmica de pesquisar sobre o tema nos textos, internet e outras mídias. De repente uma perfomancer, que eu não tinha notado,  me chamou uma atenção: através de cartões  que apontavam e norteavam caminhos não estabelecidos  para no final ser entregue uma rosa.
Dentor dessa perfomancer uma possibilidade se abriu pra mim!? Por que não simular uma ação de fazer o mapa e oferta uma gentileza. Por que não entrar em uma comunidade em conflito para fazer a entrega da rosa. Por que não  mentir sobre a mesma e entrar na argumentação da perfomancer como hipertexto ou de que o presente é apenas uma construção do passado. Aos poucos estas três opções forma caindo, uma dadas a dificuldade e o risco de praticá-las outra pela necessidade da vivência.  Aos poucos minha decisão foi ganhando o contorno da entrega de um papel tipo A4 tendo do lado de fora a indicação de um caminho e/ou um sentimento e do lado de dentro uma música de Noel Rosa (brincando com a idéia da entrega da rosa). A do onde realiza-la foi a festa junina da cidade de Itaguaí no dia 11 de junho (um dia antes do dia dos namorados). A escolha de uma cidade que não Rio de Janeiro foi importante para mim, eu não queria realizar meu trabalho onde as pessoas já tivessem um extremo conhecimento do mesmo (principalmente numa “comunidade” de artistas), antes buscava como já disse uma forma de interação não usual dentro da circulação urbana. Infelizmente neste dia choveu e muito nesta cidade. Dada essa circunstância adiei o meu trabalho pro dia 13  mantendo as mesmas mensagens e incluindo uma sobre separação, na qual a música de Noel Rosa era o “Ultimo Adeus”.
Com os papeis em mão fui distribui-lhos. Uma hora depois consegui:
- uma pessoa que eu segui e realizou uma declaração a uma desconhecida (esse eu consegui observar);
- (acho) que uma cantada;
-alguns curiosos;
-um senhor que guardou para um momento especial o momento de separação;
- passar a dúvida de minha cabeça para a cabeça de alguns.
No fim um saldo de dúvida, construções e debates se apliaram em minha cabeça e outras coisas aconteceram na cabeça daqueles que receberam a “rosa”.

Um comentário:

  1. O trabalho consistia em realizar uma prática de re-enactment de uma performance da "história" da performance, analisando a questao da transposicao, adaptaçao, etc. Nao ficou clara para mim qual a performance incialmente escolhida, qual a mudança de contexto efetuada, etc. etc. Sugiro que você aprofunde esta reflexao repensando sua prática. Sugeri que você tomasse como ponto de partida uma performance de outro contexto histórica, para uma maior facilidade na reflexao e análise do processo de transposiçao.

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